domingo, 12 de junho de 2011

Raduan - segundo encontro

No encontro de quinta-feira, quentíssimo, aliás, como deveria ser... um copo de cólera... lemos trechos do livro e discutimos o texto de Raduan Nassar, os nossos gostos, o que nos interessa na literatura, o que não nos interessa. É claro que não temos as mesmas ideias, é claro que somos diferentes, mas que bom que a literatura nos expõe, nos impacta, nos aproxima, nos exorciza... Para completar, discutimos um trecho da tese de Thayse Leal Lima, da UFMG - O mundo desencantado: um estudo da obra de Raduan Nassar, disponível em http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/
Tenho cópias para vocês, Mana e Guilmar.

Para nosso próximo encontro: cada um deve levar algo a partir da leitura de Um copo de cólera. Um trecho que gostou do livro, uma matéria de jornal que remeteu a alguma das questões, um outro trecho de Raduan Nassar, sugestão de um filme... É bacana se conseguirmos fazer isso. Mas, se você não puder ou quiser, leve-se!

Sugiro também a leitura de Lavoura Arcaica, assim, vc conhecerá a obra quase completa de Raduan (faltarão só os contos...). Vale ler o livro e ver o filme...

Aliás, sobre ele, José Castello falou em seu blog:

(...) Nos quatro dias em que lemos Lavoura arcaica não dormi muito bem. Dia e noite pensava no livro de Raduan. Eu já o lera meia-dúzia de vezes. Mas a experiência da leitura em voz alta é atordoante. O estilo em serpente, a carga explosiva de emoções, a radicalidade das falas, tudo me envolvia e me prendia. De volta para casa, e só a muito custo, consegui escrever minha coluna do Prosa & Verso, e também minha crônica semanal do site Vida Breve. Não podia pensar em mais nada: o livro de Raduan Nassar me engoliu.
      (...) Nunca se é o mesmo homem depois da leitura de um grande livro. Alguma coisa sempre se modifica em nosso interior, e foi assim também dessa vez. Só hoje me sinto um pouco mais liberto, um pouco mais dono de mim. Meu doce raptor, Raduan Nassar, em cujas palavras eu me embrenhei sem que ele soubesse disso, em cuja voz eu me perdi sem que ele pudesse reagir, meu raptor deixou em mim marcas de que nunca me livrarei.
          Assim lemos um livro: sofrendo do livro. Só assim entramos em um grande romance: como quem é vítima de um sequestro. A leitura se torna uma forma sutil de captura. Não deixa de ser uma prisão. As palavras grudam e retêm. As frases se enroscam como algemas. As vozes tomam conta de nossa mente. Terminei de reler Lavoura arcaica e nunca mais me livrarei do que li.
Veja todo o texto em http://oglobo.globo.com/blogs/literatura/posts/2011/02/21/raduan-nassar-meu-raptor-364550.asp
         

Na próxima quinta, a professora Vera Souza Lima estará com a gente, fechando o terceiro ciclo de nosso Clube de Leitura. Vera é professora de Literatura da PUC-Rio (possui graduação em Letras Neolatinas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1962) , mestrado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1986) e doutorado em Letras (Letras Vernáculas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998) . Atualmente é Professora Adjunta da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Docente Nível 8 da Secretaria de Estado de Cultura), mulher bacanérrima, e eu tenho certeza que será um ótimo encontro.

E vale ler um artigo de Vera que faz parte de um livro, onde ela fala da indignação que a literatura expõe, e que tem a ver, eu acho, com os textos de Raduan Nassar.

Cliquem no link:  http://books.google.com.br/books?id=V6mlgEhKb10C&pg=PA102&lpg=PA102&dq=professora+vera+souza+lima+lattes&source=bl&ots=G9TNKxPZNk&sig=oy8qDS0L5HIFEtaRYM1QxYHeOI8&hl=pt-BR&ei=syv1TbWUKJSp0AH12NDqDA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=9&ved=0CFAQ6AEwCA#

Até quinta!

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