sábado, 17 de março de 2012

Bartô, o artesão da palavra

Bartolomeu


"O que há de invulgar no texto de BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS é uma leveza, uma transparência que não se traduz em superficialidade. Antes, constitui abertura para regiões profundas da comunicação poética. Por isso, sua expressão consegue ser, ao mesmo tempo, simples e densa. Ler o seu texto é envolver-se de imediato com a magia das palavras, é seduzir-se com a beleza e a musicalidade da prosa."
Fábio Lucas


E  é verdade. O texto de Bartô é de uma densidade absoluta. Fala da alma da gente, fala dos nossos sentimentos. Cada frase é uma pérola, parece ter sido cuidadosamente escolhida, suavemente composta, limpa até ficar sem uma coisinha a mais, um pozinho.
Quem só gosta das coisas objetivas, quem só quer as histórias, as estórias de antigamente, não deve gostar da prosa de Bartô. Mas quem for capaz de parar, de ouvir as palavras que lê, de ir por trás delas, de descobrir outros sentidos para ela, com certeza vai se maravilhar com Amargo Vermelho. Mas dói.
Ô livro triste! – essa é a opinião de quase todo o Clube. É lindo e é triste. Dói, como a vida, aliás, nos seus momentos de perda.

Mas vamos lá.

No nosso encontro passado, começamos numa brincadeira de sortear palavras e trocar memórias. E retrocar memórias... Nossa história.
A seguir lemos o texto sobre Memória, História e Histórias de vida.
A memória individual, patrimônio de cada um, e a memória coletiva – pertencente a um grupo com traços comuns. A memória que é lembrança, relato, e a memória que é ficção – até que ponto elas se confundem?
E continuamos a noite com a leitura (mágica) de Amargo Vermelho e nossas impressões.

Para segunda:

- Por favor, levem o livro. Vamos ler juntos ainda um trecho. Mas todos podem ler o livro até o final. É uma leitura rápida.
- Levem um caderno meia-pauta. Há os de capa dura e os de capa mole. Se encontrarem o de capa dura, melhor. Se não, comprem aquele fininho mesmo. Que tal encaparem o caderno com algo que lembre a infância de vocês? O contact de florzinha amarelinha? O xadrezinho? Quantos cadernos você já encapou para seus filhos, encape um para você... Quer por uma foto sua? – não tenha vergonha, ponha. Fazer algo bem chique, retrô? Faça. Prepare um caderninho, entre nas suas memórias. Na sua história. Dedique um pouquinho de tempo pra isso.
- Neste caderno, cole uma foto sua quando criança. Você pode escrever o que quiser. Para facilitar, duas sugestões: Escolhi essa foto porque... Ou, numa linha mais ficcional, Quem é essa menina? E não se preocupe com a verdade, nós leitores não sabemos da verdade do escritor, além do que, temos as nossas verdades....
- Depois da sua foto, cole uma foto de seu pai e uma de sua mãe – ou da infância deles (você pode escrever seguindo o modelo da sua) ou deles com você.
- Se tiver vontade seguir nesse caderno, não nos espere! Siga, colando fotos, fazendo desenhos, e registrando.


A vida é sua. A ficção é nossa.

Bjs e até segunda-feira, quando continuaremos a leitura e exercitaremos a escrita, num momento que tenho certeza vai ser muito bom.

E na outra semana, a presença de nosso convidado, para fechar o primeiro ciclo desse clube de leitura. 


Se tiver um tempinho, veja: http://www.catedra.puc-rio.br/portal/comunicacao/aconteceu_na_catedra/homenagem_a_bartolomeu_campos_de_queiros/

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